9 doenças para investigar intoxicação pelo metal pesado arsênio
A intoxicação crônica por arsênio é um mal silencioso que passa despercebida aos olhos da medicina convencional.
Contudo, devido às implicações à saúde, inclusive com o aumento da predisposição ao câncer e demais doenças crônico-degenerativas como hipertensão e diabetes, termos conhecimento da existência dessa condição é imprescindível para a nossa longevidade.
Diagnosticar e eliminar esse metal pesado do organismo torna-se uma opção a se considerar naquelas doenças em que as pesquisas já indicam possível associação com a exposição crônica ao arsênio.
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Abaixo, condições já descritas relacionadas à intoxicação por arsênio:
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1. Alterações na pele:
A exposição prolongada ao arsênico afeta a pele, principalmente com localização nas dobras cutâneas. Isso pode dar origem a alterações na pigmentação, hiperqueratose e, ao longo do tempo, desenvolvimento de câncer de pele, por exemplo, nas mãos. hiperceratose, esfoliação excessiva da pele nas extremidades, queda de cabelo, processos ulcerativos nas gengivas e distúrbios vasomotores. Outras características principais como lesões de pele, melanose, ceratose e pigmentação são frequentemente usadas para diagnosticar envenenamento crônico por arsênio, As alterações dermatológicas geralmente se desenvolvem de 5 a 10 anos após a exposição inicial!
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2. Câncer:
o arsênico é um carcinógeno humano bem documentado que afeta vários órgãos. Os estudos sugerem um risco aumentado para câncer de pulmão, trato urinário e pele.
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3. Distúrbios neurológicos
Foram relatados casos de encefalopatia, polineuropatia tóxica e neuropatia periférica. A tetraplegia ou paresia se desenvolve com o predomínio de lesões dos músculos fibulares. Em casos raros, ocorrem lesões dos nervos cranianos individuais: nervos faciais, trigêmeos, vagos e sublinguais .O desenvolvimento de sintomas clínicos de polineuropatia tóxica ocorre inicialmente com sintomas de irritação dos troncos nervosos. Isso leva a dores agudas nas extremidades, acompanhadas pelos fenômenos de hiperpatia, ataxia e uma diminuição acentuada da sensibilidade vibracional. O desenvolvimento progressivo de distúrbios do movimento, fraqueza muscular e paresia pode levar à paralisia completa.
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4. Distúrbios psiquiátricos:
Mudanças comportamentais, ofuscação e perda de memória também são observadas. Também foram relatadas psicoses devido a envenenamento por arsênio.
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5. Doença cardiovascular:
Na exposição de longo prazo, o arsênio induz aumento do estresse oxidativo, o que pode explicar a deterioração das estruturas e funções do sistema cardiovascular. O arsênio causa lesão miocárdica, arritmias cardíacas e cardiomiopatia, reduzindo a atividade de enzimas antioxidantes do coração, a saber, superóxido dismutase, catalase, glutationa S-transferase, glutationa redutase e glutationa peroxidase. Além disso, ao aumentar a tendência de agregação plaquetária, o arsênio pode agravar a aterosclerose. A óxido nítrico sintase endotelial também é inativada por esse metal pesado, reduzindo a produção de óxido nítrico no leito vascular. As exposições ao arsênio também podem aumentar a expressão de interleucina-1, fator de necrose tumoral-α, fator de crescimento endotelial vascular e molécula de adesão de células vasculares, causando, assim, disfunção endotelial e agravamento da patologia cardiovascular.
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6. Autismo:
Algumas pesquisas sugerem que a exposição ao arsênio ambiental pode ser um fator de risco em crianças para o desenvolvimento de transtorno do espectro do autismo. No entanto, esses achados são inconclusivos. Em estudos experimentais, a exposição ao arsênio perturba o metabolismo do neurotransmissor.
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7. Diabetes mellitus tipo 2:
A exposição ao arsênico também pode precipitar o diabetes mellitus tipo 2 em pessoas susceptíveis.
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8. Problemas reprodutivos:
Os compostos de arsênio inorgânicos e orgânicos passam pela placenta humana no final da gravidez, onde se acumulam, bem como no feto. Os estudos existentes sobre os efeitos do arsênio em altas doses indicam risco à gravidez, enquanto os efeitos em pequenas doses começam a aparecer na literatura. Resultados anormais na gravidez, incluindo abortos espontâneos, natimortos e mortes infantis, foram relatados em comunidades que consumiram água potável com concentrações de arsênio acima de 50 ppb (µg / l). Estudos epidemiológicos de áreas com altos níveis de arsênio na água potável indicam uma associação entre a exposição in utero ao metal e o desenvolvimento de doenças adultas, como câncer, doença pulmonar crônica, doença cardiovascular e diabetes.
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9. Infertilidade masculina:
Além disso, estudos de observação epidemiológica em humanos mostraram uma associação entre a exposição ao arsênio e a função reprodutiva prejudicada em homens.
O mecanismo tóxico do Arsênico é explicado por sua capacidade de bloquear grupos sulfidrila (–SH) em enzimas e outros compostos biologicamente ativos e, assim, interromper os processos bioquímicos, inativando até 200 enzimas, incluindo aquelas envolvidas no processos mitocondriais e de síntese e reparo do DNA.
Além disso, o Arsênico pode substituir elementos importantes para as reações metabólicas, como o iodo (I), o selênio (Se) e o fósforo (P).
Com esses mecanismos de ação, a intoxicação crônica por arsênio pode ser capaz de interferir no funcionamento dos tecidos onde o arsênio se acumula: fígado, rins, coração e pulmões, tecidos musculares, sistema nervoso, trato gastrointestinal, baço e outros tecidos contendo queratina.
Quais as fontes de intoxicação por arsênio?
O arsênio ocorre naturalmente no solo e pode contaminar a água de consumo, sendo esta a principal fonte de contaminação no mundo.
Até 1993, a Organização Mundial de Saúde considerava o limite aceitável para a 50 mcg/L de arsênio em água potável, contudo, devido a crescente evidência da associação desse metal com câncer, em 1993, Organização Mundial de Saúde reduziu esse limite para 10 mcg/L.
No Brasil a regulamentação do limite máximo de arsênio de 10 mcg/L na água potável data de 2005.
Em uma breve pesquisa, encontrei relatos de água contaminada com arsênio em Minas Gerais, consequência dos mais de 300 anos de mineração e também no Rio de Janeiro e na região norte do Brasil.
O arroz é uma importante fonte de intoxicação por arsênio?
Sim. Além da contaminação direta do consumo de água, o arsênico pode também contaminar alimentos, quando a água contaminada é utilizada para agricultura.
O principal alimento contaminado com arsênio é o arroz.
Apesar de encontrarmos na internet reportagem afirmando que o brasileiro não deve se preocupar com o arsênio no arroz, estudiosos no tema tem opinião divergente: devido à importância do arroz na dieta do brasileiro, estima-se que a quantidade de arsênio que um brasileiro ingere a partir do arroz pode ser maior que aquela vinda da água
Como diagnosticar a exposição e intoxicação pelo metal pesado arsênio?
Após a exposição, a maior concentração de arsênio é observada no fígado e rins.
No fígado o arsênio absorvido sofre transformações bioquímicas em compostos menos tóxicos: os ácidos monometilarsônico e dimetilarsínicos e cerca de 50% da dose absorvida pode ser excretada na urina em 3–5 dias.
Contudo, após cerca de 2 semanas desde a ingestão do arsênio, ele começa a se depositar também no cabelos e nas unhas, sendo possível dosar o arsênio nas unhas, cabelos, sangue e urina.
A dosagem do arsênio sanguíneo faz parte da rotina da Clínica de Longevidade. Contudo, como o arsênio é rapidamente distribuído pelos tecidos, um exame sanguíneo negativo não é suficiente para excluir o diagnóstico.
A dosagem nas unhas e cabelos apenas são sensíveis a altos níveis de exposição ao arsênio.
Já na dosagem do arsênio na urina de 24h a intoxicação é confirmada em limites superiores a 50mcg/L ou 100 mcg de arsênio na urina total.
Um teste ainda mais sensível para a detecção de arsênio são chamados de testes provocativos, onde agentes com capacidade de remover o metal pesado do organismo são administrados por via oral ou endovenosa, previamente à coleta da urina, provocando uma maior eliminação do metal no organismo.
Em uma consulta médica será definido qual melhor forma estratégica para dosar o arsênio bem como qual tratamento será utilizado.
Para mais informações, entre em contato com a Clínica de Longevidade no Whatsapp:
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Escrito pela Dra. Suellen Vieira Araújo (CRM-RJ 95182-0)
Confio na capacidade inata do corpo humano de curar-se. Este maravilhoso corpo humano, com uma mente inteligente e disciplinada, munida de conhecimento, será capaz de se manter saudável e equilibrado, sozinho, com autonomia e sustentabilidade.
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