Você sabia que é possível prevenir o câncer de mama a partir de hábitos saudáveis? Essa é uma informação empoderadora pois os principais fatores que influenciam na origem da doença estão relacionados com o estilo de vida. 

 

Neste artigo você vai entender um pouco mais sobre o câncer de mama e meios de evitá-lo

A realidade do câncer de mama no país

Dos cânceres que atingem as mulheres, o de mama é o mais incidente no Brasil e no mundo, depois do câncer de pele não melanoma. No Brasil, estima-se a ocorrência de 59.700 casos novos por ano, o que corresponde a 28% dos casos novos de câncer em mulheres, mais de três vezes a incidência do segundo mais comum, o câncer colorretal. A doença também atinge homens, porém é rara, representando representando menos de 1% do total de casos de câncer de mama..

As taxas de incidência, mais elevadas de câncer de mama, ou seja, onde mais novos casos são diagnosticados,  encontram-se nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil. Essas são áreas mais desenvolvidas onde certos aspectos demográficos e socioculturais, tais como envelhecimento, urbanização e maior nível educacional das mulheres, conferem aumento de risco de desenvolvimento da doença.

O câncer de mama ocupa também o primeiro lugar na mortalidade por câncer em mulheres no Brasil.

Entre 1980 e 2016, as taxas de mortalidade por câncer de mama variaram de 9,2 óbitos a 12,4 óbitos por 100 mil mulheres, isso representa um aumento de 33,6% em 35 anos de observação. Os Estados do sul e sudeste tiveram taxas de mortalidade superior.  

A mamografia é o exame utilizado para a detecção precoce do câncer de mama e está indicada para mulheres entre 50 e 69 anos.  Contudo, além de detectar precocemente o câncer de mama, o mais importante é você conhecer formas de prevení-lo.

 

Quem tem risco elevado de desenvolver câncer de mama?

O risco elevado de desenvolver câncer representa apenas de a 5 a 10% dos casos de câncer e compreende os seguintes fatores:

  • História familiar de câncer de ovário
  • Casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos;
  • História familiar de câncer de mama em homens;
  • Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2

Ainda assim, fazer parte do grupo de alto risco não significa que você vai desenvolver câncer de mama. 

Então se 90 a 95% dos casos dos câncer de mama diagnosticados não têm fatores genéticos ou hereditarios associados, por que essas mulheres estão desenvolvendo câncer de mama?  Esta informação é fundamentao para descobrirmos os hábitos que auxiliam a evitá-lo

 

Quais os fatores de risco para o câncer de mama?

Aqui estão todos os fatores já estabelecidos. Mas, atenção: a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher necessariamente terá a doença.  Sem neura!

É importante ressaltar que não ter amamentado não é fator de risco para câncer de mama. Amamentar o máximo de tempo possível é um fator de proteção para o câncer. Então, o não aleitamento promove a perda de um fator de proteção, o que é diferente de significar fator de risco.

Exposição a determinadas substâncias e ambientes, como agrotóxicos, benzeno, campos eletromagnéticos de baixa frequência, campos magnéticos, compostos orgânicos voláteis (componentes químicos presentes em diversos tipos de materiais sintéticos ou naturais, caracterizados por sua alta pressão de vapor sob condições normais, fazendo com que se transformem em gás ao entrar em contato com a atmosfera), hormônios e dioxinas (poluentes orgânicos persistentes altamente tóxicos ao ambiente. 

São normalmente subprodutos de processos industriais e de combustão) pode estar associada ao desenvolvimento da doença. 

Os profissionais que apresentam risco aumentado de desenvolvimento de câncer de mama são os cabeleireiros, operadores de rádio e telefone, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, comissários de bordo, trabalhadores noturnos. 

As atividades econômicas que mais se relacionam ao desenvolvimento da doença são as da indústria da borracha e plástico, química e refinaria de petróleo.

https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama

Conheça os 3 hábitos saudáveis que previnem o câncer de mama

Hábito 1: Mantenha seu peso ideal com dieta com potencial alcalinizante

O excesso de gordura corporal, além de estar associado a um estado inflamatório crônico, afeta diretamente os níveis de vários hormônios circulantes, como a insulina e os hormônios sexuais.  Isso cria um ambiente que pode promover o desenvolvimento de diversos tipos de câncer, inclusive o de mama.   Dessa forma, manter o peso ideal vai ajudar suas chances de prevenção do câncer de mama. 

A dieta com potencial alcalinizante é uma dieta rica em vegetais, é uma referência para você evoluir na alimentação saudável que estimulamos na clínica de Longevidade.

Hábito 2: Reduza o consumo de bebidas alcoólicas

Não há níveis seguros de ingestão de bebidas alcoólicas. Quanto maior a dose ingerida e o tempo de exposição, maior o risco de desenvolvimento de diversos tipos de câncer, incluindo o de mama. Além de produzir espécies reativas de oxigênio associadas a danos no DNA, a bebida alcoólica pode aumentar os níveis circulantes de estrogênio, bem como atuar como um solvente, potencializando a penetração celular de carcinógenos dietéticos ou ambientais (por exemplo, tabaco). 

Pessoas que consomem grandes quantidades de bebida alcoólica também podem ter deficiência de nutrientes essenciais, como o folato, tornando o tecido mamário mais suscetível aos efeitos carcinogênicos da bebida alcoólica.

Hábito 3: Pratique atividade física

A prática de atividade física regular, além de reduzir a gordura corporal, promove o equilíbrio dos níveis de hormônios circulantes, como a insulina e os hormônios sexuais, reduz a inflamação e fortalece as defesas do corpo, diminuindo o risco de câncer de mama. 

[Live] Conheça os riscos e benefícios do rastreamento do câncer de mama

Conheça os possíveis riscos e benefícios da mamografia de rastreamento e decida o que é melhor para você.

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Extra: Se você tiver filhos, amamente.

Amamentar é uma das formas de a mãe proteger-se do câncer de mama em todas as fases da vida, uma vez que reduz a exposição da mulher a hormônios que aumentam o risco de câncer e elimina células mamárias com mutações. Quanto maior o tempo de aleitamento materno, maior o benefício.

Amamentar é um fator de proteção, isso significa que quem não amamenta perde esse fator de proteção. Mas não tem o risco aumentado.

Qual o risco da terapia de reposição hormonal para o desenvolvimento de câncer de mama?

A Terapia de Reposição Hormonal (TRH), principalmente a terapia combinada de estrogênio e progesterona, os dois principais hormônios sexuais femininos, aumenta o risco de câncer de mama. Isto já está consagrado para as terapias de reposição hormonal com hormônios sintéticos. A TRH é o uso de hormônios para aliviar os sintomas da menopausa.

Atualmente também se fala da modulação hormonal,  terapia com hormônios chamados bioidenticos, ou seja, hormônios cuja molécula é igual à produzida pelo corpo.  Os defensores dessa prática garantem que ela  não aumenta os riscos do câncer de mama.   Contudo eu desconfio que não temos evidências suficientes para garantir tal segurança. 

O que sabemos atualmente é que a exposição prolongada mesmo ao estrogênio natural, seja pela gordura localizada, seja pela menstruação antes dos 12 anos ou menopausa após os 55, também são fatores de risco.  Logo, por que o estrogênio bioidêntico seria diferente?

A boa notícia é que o risco elevado de desenvolver uma doença diminui progressivamente após a suspensão da TRH. 

 

A observação das mamas, com atenção para reconhecer alterações suspeitas, além da decisão compartilhada de realizar a mamografia de rastreamento, são importantes para a detecção precoce do câncer de mama.  

Mas nossa meta na Clínica de Longevidade é focar na saúde! Acreditamos que a evolução de hábitos e estilo de vida é a medida de prevenção mais sustentável que podemos fazer para manter nossa saúde.

Hoje já evoluimos nossa referência de alimentação saudável,  continue se aprofundando com nosso post sobre dieta alcalina. 

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