O que é GILENYA

O que é GILENYA?

GILENYA é um medicamento cujo princípio ativo é a fingolimode, utilizado no tratamento da esclerose múltipla (EM) em pacientes adultos e pediátricos a partir de 10 anos de idade. A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central, levando a uma série de sintomas neurológicos. O GILENYA atua como um modulador da resposta imune, ajudando a reduzir a frequência de surtos e a progressão da incapacidade associada à doença.

Como o GILENYA funciona?

O mecanismo de ação do GILENYA envolve a retenção de linfócitos no linfonodo, impedindo que eles entrem no sistema nervoso central. Isso é crucial, pois a infiltração de linfócitos no cérebro e na medula espinhal é um dos principais fatores que contribuem para a inflamação e a lesão neuronal na esclerose múltipla. Ao limitar a migração desses glóbulos brancos, o GILENYA ajuda a diminuir a atividade inflamatória e a proteger as células nervosas.

Indicações do GILENYA

O GILENYA é indicado para o tratamento de formas recidivantes de esclerose múltipla, incluindo a esclerose múltipla recidivante-remitente (EMRR) e a esclerose múltipla secundariamente progressiva com surtos. O uso deste medicamento pode ser considerado em pacientes que não respondem adequadamente a outros tratamentos ou que apresentam contraindicações a terapias alternativas.

Dosagem e administração

A dose recomendada de GILENYA é de 0,5 mg, administrada por via oral uma vez ao dia. É importante que o medicamento seja tomado sempre no mesmo horário para garantir a eficácia do tratamento. O paciente deve ser monitorado nas primeiras doses devido ao risco de bradicardia, que é uma diminuição da frequência cardíaca, especialmente nas primeiras 6 horas após a primeira dose.

Efeitos colaterais do GILENYA

Como qualquer medicamento, o GILENYA pode causar efeitos colaterais. Os mais comuns incluem dor de cabeça, infecções respiratórias, dor abdominal, diarreia e náuseas. Outros efeitos adversos mais graves podem incluir bradicardia, hipertensão, alterações na função hepática e infecções graves, como herpes zoster. É fundamental que os pacientes relatem qualquer sintoma incomum ao seu médico.

Contraindicações do GILENYA

O GILENYA é contraindicado em pacientes com histórico de infecções graves, bradicardia, bloqueio atrioventricular de segundo ou terceiro grau, ou aqueles que estão tomando medicamentos que podem causar bradicardia. Além disso, mulheres grávidas ou que estão amamentando devem discutir os riscos e benefícios do uso do GILENYA com seu médico antes de iniciar o tratamento.

Interações medicamentosas

O GILENYA pode interagir com outros medicamentos, potencializando ou diminuindo seus efeitos. É importante que os pacientes informem ao médico sobre todos os medicamentos que estão utilizando, incluindo medicamentos prescritos, de venda livre e suplementos. Interações significativas podem ocorrer com medicamentos que afetam a frequência cardíaca, como beta-bloqueadores e antiarrítmicos.

Monitoramento durante o tratamento

Os pacientes em tratamento com GILENYA devem ser monitorados regularmente para avaliar a eficácia do medicamento e a presença de possíveis efeitos colaterais. Exames de sangue são frequentemente realizados para verificar a função hepática e a contagem de linfócitos, além de monitorar a pressão arterial e a frequência cardíaca, especialmente após a primeira dose.

Alternativas ao GILENYA

Existem várias alternativas ao GILENYA para o tratamento da esclerose múltipla, incluindo outros medicamentos imunomoduladores e imunossupressores, como o interferon beta, o acetato de glatirâmer, o natalizumabe e os novos agentes orais, como o dimetilfumarato e o ozanimod. A escolha do tratamento deve ser individualizada, levando em consideração a gravidade da doença, a resposta a tratamentos anteriores e as preferências do paciente.